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  • Foto do escritorAurora Sá

Oficinas Culinárias no Ambiente Escolar




É essencial mencionar e reforçar que o ambiente escolar é um lugar incrível que transforma e liberta, preparando pessoas para lutarem pelos seus sonhos e direitos sociais. O Brasil é um país miscigenado, característica que fica muito bem estampada no cardápio da população que aqui vive.

Veja alguns exemplos das nossas variedades culinárias: no estado da Bahia, o queridinho é o bolinho de acarajé, que hoje é patrimônio alimentar, e a moqueca baiana. Já no estado do Pará, contamos com o vatapá, o tucupi, a maniçoba e o açaí com camarão ou peixe frito. No Goiás há a galinhada com arroz e pequi. No Espírito Santo, existe a moqueca capixaba com um diferencial relacionado à moqueca baiana e, no Rio de Janeiro, a famosa feijoada carioca.

Tantos outros práticos típicos da culinária brasileira estão perdendo espaço para os práticos e super temperados alimentos ultraprocessados que basta colocar para aquecer e está pronto para o consumo. Essa prática tem desvalorizado os modos de preparar e consumir alimentos da cultura brasileira. Os fastfoods vêm ganhando espaço e muitos vêm recorrendo aos ultraprocessados.

Mediante isso, oficinas culinárias são excelentes para provocar alunos e professores sobre maneiras de preparar receitas culinárias, onde os alunos teriam oportunidade de conhecer determinado alimento desde a forma de cultivo, armazenamento, transporte, se é um alimento in natura ou processado e quais receitas podem ser desenvolvidas com aquele alimento.

Que os alunos, sendo orientados pela equipe pedagógica para as oficinas de culinária, possam compreender a importância da valorização da cultura de um país, apoiando-se nos modos de produção e preparo de alimentos que valorizem a biodiversidade preservando o meio ambiente para as próximas gerações. Isso é valorizar comportamentos sustentáveis e de respeito a si e aos outros, onde são estimuladas práticas de investigação sobre a procedência do alimento que estamos consumindo e, se esta origem está comprometida com a proteção meio ambiente.

Essas práticas ainda são pouco utilizadas nas escolas para alunos de todas as idades. Atividades que envolvam riscos como cozinhar devem ser monitoradas constantemente e se atentando para receitas que ofereçam segurança aos alunos e a equipe pedagógica. Práticas assim certamente irão gerar uma maior e melhor autonomia alimentar aos jovens possibilitando que eles tenham uma visão crítica e analítica sobre alimentos e alimentação podendo realizar, dessa forma, melhores escolhas alimentares.

Por favor, deixe seu comentário na sequência nos contando se são realizadas oficinas culinárias nas escolas da cidade onde você mora com os alunos e, se acontecem, qual é frequência. Agradecida!


 

Por Aurora Sá, Nutricionista e mestranda pelo Programa de Pós-graduação em Segurança Alimentar e Nutricional do Curso de Nutrição da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro-UNIRIO, Rio de Janeiro-RJ.


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